Vida insossa
Quando te visitei pela primeira vez
Vi os quadros que pintara
Através dos quais se espelham
A tristeza da tua casa
A inércia da tua vida
Vi as plantas cultivadas
Eram sua alegria!
Porém os seus bem-me-queres
Por trás só te mal-di-ziam
Tuas roupas em tons pastéis
em nada me seduziam
Por sua janela, favelas
Pelas suas veias, coágulos
Por sua latrina, dejetos
Pela falsa-vida, só mágoas