Jorge, Amado?
Nunca li seus livros
Por mim você não é amado
Mas gosto de seu nome Jorge
Gosto de um jeito calado
Nunca vi os filmes sobre suas obras
Nem as séries
Mas acho suas protagonistas gostosas
Me acabo por elas
O trocadilho com seu sobrenome está mais que usado
Estag'amado
Mas você vendeu livros pra caçamba
Tive que te estudar pra um vestibular
Você...
Você, Jorge Amado... Botou pra lá!
Agora tou aqui falando bobagens atrás de um prêmio
Cuja grana vai vir não sei de onde
Cujo significado não sei se você vai entender
Nem sei se vai ficar sabendo, aí no além
Acho que você gostaria mais se eu escrevesse
um romance passado na antiga Bahia do que
este reles poema-"homenagem"
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Criatura muito infeliz em si
Criatura muito infeliz em si
Por que não vais pra América Central?
Com tua existência faminta
E absurda
De aspecto pior que um bueiro entupido com mil ratos
Criatura muito pobre
Como se vive tão futilmente?
Se ainda pedisses:
"Me tira daqui, de dentro deste vício"
Mas nem isso
Tu tragas a vida e sopras fumaça preta
Sai daqui e vê se para com isso
Vê se dorme pra sempre.
Para
Criatura muito infeliz em si
Por que não vais pra América Central?
Com tua existência faminta
E absurda
De aspecto pior que um bueiro entupido com mil ratos
Criatura muito pobre
Como se vive tão futilmente?
Se ainda pedisses:
"Me tira daqui, de dentro deste vício"
Mas nem isso
Tu tragas a vida e sopras fumaça preta
Sai daqui e vê se para com isso
Vê se dorme pra sempre.
Para
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Espelhos...
"Mirrors", em inglês
"Espejos", em espanhol
Espelho, o que me diz?
Virado, refletes o sol;
do outro lado, o big bang
Espelho de terra
Espelho de água
É espelho de graça
Espelho que espelha
Uma vida sem-graça
Uma vida de mágoa
Espelho vê vida
Espelho que brilha
É espelho de vidro
Espelho de vida
Reflete mil vidas
Espelho cansado...
De só repetir as mesmas palavras
Porque humanos são palavras.
Você sabe, né?
"Mirrors", em inglês
"Espejos", em espanhol
Espelho, o que me diz?
Virado, refletes o sol;
do outro lado, o big bang
Espelho de terra
Espelho de água
É espelho de graça
Espelho que espelha
Uma vida sem-graça
Uma vida de mágoa
Espelho vê vida
Espelho que brilha
É espelho de vidro
Espelho de vida
Reflete mil vidas
Espelho cansado...
De só repetir as mesmas palavras
Porque humanos são palavras.
Você sabe, né?
Doces Verdades
És força motriz
Não trai as belezas
Só traz natureza
És linda princesa
Não dos burocratas
Mas da singeleza
És siamesa
Não o defeito
E sim a felina
És pedra bruta
Não da bruteza
Mas sim do valor contido
És uma graça
És primavera
És verão eterno
E mais a sensação que quiser
És engraçada
És essência
És magnificência
E mais quantos outonos quiser existir
Trazes colorido ao mundo com suas canetas!
És tu, deusa;
a gerente-matriz da existência.
És força motriz
Não trai as belezas
Só traz natureza
És linda princesa
Não dos burocratas
Mas da singeleza
És siamesa
Não o defeito
E sim a felina
És pedra bruta
Não da bruteza
Mas sim do valor contido
És uma graça
És primavera
És verão eterno
E mais a sensação que quiser
És engraçada
És essência
És magnificência
E mais quantos outonos quiser existir
Trazes colorido ao mundo com suas canetas!
És tu, deusa;
a gerente-matriz da existência.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Ana Quele
Uma dádiva, ter te tido como amiga!
Mil perdões se fiz mal com uma briga...
O que te peço é só um momento
Você já mora em meu pensamento
Basta você deixar-se gostar
Não tenha medo de se apaixonar
Quelinha, o amor vai chegar ainda
Te vi crescida; e não é que era linda?
Faça do seu jeito, contrarie a poesia
Já não sabe que eu te desejo o dia??
Quero que esteja sempre esperta!
O mundo não tem as portas abertas!
Uma lágrima caía dos olhos ao saber
Que nunca poderei, ao menos, te ver
"Estarás sempre em meu coração"
Era aquilo que dizia a canção
Quero que a sua vida seja mui bella
Como as flores porventura na janela
[...]
Mas o que eu mais quero é sua companhia
Ah, menina, se pudesses me ver um dia...
Uma dádiva, ter te tido como amiga!
Mil perdões se fiz mal com uma briga...
O que te peço é só um momento
Você já mora em meu pensamento
Basta você deixar-se gostar
Não tenha medo de se apaixonar
Quelinha, o amor vai chegar ainda
Te vi crescida; e não é que era linda?
Faça do seu jeito, contrarie a poesia
Já não sabe que eu te desejo o dia??
Quero que esteja sempre esperta!
O mundo não tem as portas abertas!
Uma lágrima caía dos olhos ao saber
Que nunca poderei, ao menos, te ver
"Estarás sempre em meu coração"
Era aquilo que dizia a canção
Quero que a sua vida seja mui bella
Como as flores porventura na janela
[...]
Mas o que eu mais quero é sua companhia
Ah, menina, se pudesses me ver um dia...
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Bailes, estrelas
Garotinha bailarina
Baila bela, animada
Tão linda, esta menina
Minha doce utopia...
Teus pés, esses aplausos
'Plausos tão admirados
Com seus passos concentrados.
Passos de mulher. Saudades...
Beijar-te, cara amiga
A linda face rosada
Era só o que eu queria
Só isso, mais nada...
És a princesa da casa
A dona desta poesia...
Baila, baila, bailarina
Com teus passos, ganhas vida
Garotinha bailarina
Baila bela, animada
Tão linda, esta menina
Minha doce utopia...
Teus pés, esses aplausos
'Plausos tão admirados
Com seus passos concentrados.
Passos de mulher. Saudades...
Beijar-te, cara amiga
A linda face rosada
Era só o que eu queria
Só isso, mais nada...
És a princesa da casa
A dona desta poesia...
Baila, baila, bailarina
Com teus passos, ganhas vida
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Obrigações parciais
Compete a mim particularidades
Descrever as peculiaridades
Me esconder, caprichar na camuflagem
Cansadaço, ter que fazer contagem
Pertence a mim suas ambiguidades
Centenas, mais centenas de cidades
Trinta anos-luz de velocidade
Setenta e tantas possibilidades
Mas se da casa nasce o sacrifício
Veio do nada da vida um feitiço
Fazes do oco um imenso imprevisto
Vieste cansada do edifício [...]
Compete a ti responsabilidades
Os filhos vêem tanta mediocridade
Entendem de onde vem tanta maldade?
Preciso de aconchego e lealdade.
[...]
Compete a mim particularidades
Descrever as peculiaridades
Me esconder, caprichar na camuflagem
Cansadaço, ter que fazer contagem
Pertence a mim suas ambiguidades
Centenas, mais centenas de cidades
Trinta anos-luz de velocidade
Setenta e tantas possibilidades
Mas se da casa nasce o sacrifício
Veio do nada da vida um feitiço
Fazes do oco um imenso imprevisto
Vieste cansada do edifício [...]
Compete a ti responsabilidades
Os filhos vêem tanta mediocridade
Entendem de onde vem tanta maldade?
Preciso de aconchego e lealdade.
[...]
O que é isso?
Era lágrima, que brotava do seu rosto
A enxugue!
Isso tudo era emoção
Não chore mais, não...
Simples caso do destino
Ele já estava lá
Te tocava e te olhava
Para ti, muita emoção
(Você já está quase lá
Pessoas aplaudirão, de pé
Por qualquer lugar em que você passar
Uma mulher, já quase é)
Mas, agora, já está feliz
Já há um bonito no meu lugar
Já há emoção, em seu coração
Era lágrima, que brotava do seu rosto
A enxugue!
Isso tudo era emoção
Não chore mais, não...
Simples caso do destino
Ele já estava lá
Te tocava e te olhava
Para ti, muita emoção
(Você já está quase lá
Pessoas aplaudirão, de pé
Por qualquer lugar em que você passar
Uma mulher, já quase é)
Mas, agora, já está feliz
Já há um bonito no meu lugar
Já há emoção, em seu coração
História de amor
"Luíza é uma linda menininha de cinco anos
Apaixonada por seu amigo Pedro da mesma idade
Luíza e Pedro brincaram o dia inteiro
Luíza e Pedro se amavam
Luíza ainda não sabia escrever muitas coisas
Pedro só escrevia seu próprio nome
"Mãe, como é que se escreve 'pipoca'?"
Sua mãe lhe ensinou com ternura
Perguntou todas as palavras da carta que fez pra Pedro:
'Pedro, quer ir comigo comer pipoca no parque?'
Luíza e Pedro foram com seus pais ao parque
E brincaram e sorriram e tomaram sorvete o dia todo
Luíza e Pedro se amaram"
"Luíza é uma linda menininha de cinco anos
Apaixonada por seu amigo Pedro da mesma idade
Luíza e Pedro brincaram o dia inteiro
Luíza e Pedro se amavam
Luíza ainda não sabia escrever muitas coisas
Pedro só escrevia seu próprio nome
"Mãe, como é que se escreve 'pipoca'?"
Sua mãe lhe ensinou com ternura
Perguntou todas as palavras da carta que fez pra Pedro:
'Pedro, quer ir comigo comer pipoca no parque?'
Luíza e Pedro foram com seus pais ao parque
E brincaram e sorriram e tomaram sorvete o dia todo
Luíza e Pedro se amaram"
Cassino
Num bar, um cassino,
uma cadeira vazia
Representava a sua presença inexistente
Na mesa, o pôquer, os números,
o uísque, o gelo,
o garçom
Na pessoa, a aposta, a moeda,
a ambição, a ficha,
a vida
Na presença, a pessoa, a inércia,
o fantasma, a beleza,
o mistério
Na moeda, a vitória, o amargo,
choradeira, bebedeira,
jackpot!
A solidão à espreita
Uma cadeira à direita
Com a tortura no interior, uma dor gritava de dor
Num bar, um cassino,
uma cadeira vazia
Representava a sua presença inexistente
Na mesa, o pôquer, os números,
o uísque, o gelo,
o garçom
Na pessoa, a aposta, a moeda,
a ambição, a ficha,
a vida
Na presença, a pessoa, a inércia,
o fantasma, a beleza,
o mistério
Na moeda, a vitória, o amargo,
choradeira, bebedeira,
jackpot!
A solidão à espreita
Uma cadeira à direita
Com a tortura no interior, uma dor gritava de dor
Ciclo
E quando ficar sozinho?
O que será de você?
Quando não tiver nem pai nem mãe
O que será de usted?
É a história que se repete:
'E se nós nunca morrêssemos?'
Terra do nunca de Peter Pan:
'Se nós não envelhecêssemos'
Você é filho de alguém
Vai terminar sozinho
Vai ser pai ou mãe de outrem
Vai deixar alguém sozinho
Você tem que prover alguém
Você já foi demais provido
Provar daquilo também
Cumprir sua missão no ciclo
Eu não quero ficar sozinho
(Tomara que eu te tenha até lá)
Mas um de nós irá primeiro
E isso não se evitará
E quando ficar sozinho?
O que será de você?
Quando não tiver nem pai nem mãe
O que será de usted?
É a história que se repete:
'E se nós nunca morrêssemos?'
Terra do nunca de Peter Pan:
'Se nós não envelhecêssemos'
Você é filho de alguém
Vai terminar sozinho
Vai ser pai ou mãe de outrem
Vai deixar alguém sozinho
Você tem que prover alguém
Você já foi demais provido
Provar daquilo também
Cumprir sua missão no ciclo
Eu não quero ficar sozinho
(Tomara que eu te tenha até lá)
Mas um de nós irá primeiro
E isso não se evitará
Naturalidade
Neste dia de sol, eu e a linda
Numa cidade do litoral
Poucas nuvens no céu
Muita beleza ao meu lado
Poucos carros nas ruas
Poucos pássaros ao léu
Muita amizade ali rolava (muita parceria)
Minha amiga e namorada
Ela me acompanhava, reclamava do calor
E eu falando que tava bom!
Na cidade do litoral
Do Brasil, na Bahia
Numa área tão bonita
Andavam eu e minha amiga
Alguns coqueiros nos olhavam
A gente não parava de andar
A gente ia pra algum lugar
Alguma praia semi-deserta
Alguns peixes estavam no mar
Eles lá, e a gente a nadar
A gente ria e se abraçava tanto
A gente sabia que se adorava muito!
Já era hora de voltar pra casa
Agora batia um frio, e ela achava normal
Esse foi um dia muito especial!
Nossos corpos todos cheios de sal!
Neste dia de sol, eu e a linda
Numa cidade do litoral
Poucas nuvens no céu
Muita beleza ao meu lado
Poucos carros nas ruas
Poucos pássaros ao léu
Muita amizade ali rolava (muita parceria)
Minha amiga e namorada
Ela me acompanhava, reclamava do calor
E eu falando que tava bom!
Na cidade do litoral
Do Brasil, na Bahia
Numa área tão bonita
Andavam eu e minha amiga
Alguns coqueiros nos olhavam
A gente não parava de andar
A gente ia pra algum lugar
Alguma praia semi-deserta
Alguns peixes estavam no mar
Eles lá, e a gente a nadar
A gente ria e se abraçava tanto
A gente sabia que se adorava muito!
Já era hora de voltar pra casa
Agora batia um frio, e ela achava normal
Esse foi um dia muito especial!
Nossos corpos todos cheios de sal!
Pingos
Pingos, pingos pingando, pingam
Ecoam, soam, martelam, repetem
No mesmo ritmo do coração
Tum-tum, bate-bate, repete
Pingos, pingos pingando, pingam
Repetem o fato
Fazem, refazem...
Sem cansar, eles batem...
[...]
Ping. Ping. Ping.
[...]
Plic-plic-plic, pode você me explicar?
O que acontece quando a gente tenta
Alcançar o ponteiro dos segundos
E rodar a roda-viva do tempo?
Plac-plac-plac, pode você me enxergar?
Será que o tempo pode parar
Só pra nos esperar voltar
E fazer os pingos caírem novamente?
Bruno e Danielle
Pingos, pingos pingando, pingam
Ecoam, soam, martelam, repetem
No mesmo ritmo do coração
Tum-tum, bate-bate, repete
Pingos, pingos pingando, pingam
Repetem o fato
Fazem, refazem...
Sem cansar, eles batem...
[...]
Ping. Ping. Ping.
[...]
Plic-plic-plic, pode você me explicar?
O que acontece quando a gente tenta
Alcançar o ponteiro dos segundos
E rodar a roda-viva do tempo?
Plac-plac-plac, pode você me enxergar?
Será que o tempo pode parar
Só pra nos esperar voltar
E fazer os pingos caírem novamente?
Bruno e Danielle
Metafísica de filmes
Os filmes iam
Os filmes vinham
Os filmes passavam
Eles acabavam
Os filmes eram
Eles não eram nada
Os filmes eram tudo
Filmes não diziam nada
O cinema é mudo
Do cinema muito já foi falado
O cinema é escuro
O cinema é um bom lugar pra namorar!
Filmes ficavam expostos nas prateleiras
Pessoas os escolhiam e pra casa os levavam
Os filmes os chamavam a atenção
Deles, as pessoas gostavam ou não
Os filmes são bons e perversos
São radioativos e escassos
São freqüentes e reluzentes
Abrangentes e eloqüentes
Mas a magia do cinema causava
Nas pessoas, admiração intensa
Em pessoas, pensamentos intensos
Na intensidade deles, muitas coisas
Mas eles terminavam,
eles nos tocavam
Os filmes sempre acabavam,
afinal eles existiam...
Os filmes tropeçavam e caíam...
Os filmes iam
Os filmes vinham
Os filmes passavam
Eles acabavam
Os filmes eram
Eles não eram nada
Os filmes eram tudo
Filmes não diziam nada
O cinema é mudo
Do cinema muito já foi falado
O cinema é escuro
O cinema é um bom lugar pra namorar!
Filmes ficavam expostos nas prateleiras
Pessoas os escolhiam e pra casa os levavam
Os filmes os chamavam a atenção
Deles, as pessoas gostavam ou não
Os filmes são bons e perversos
São radioativos e escassos
São freqüentes e reluzentes
Abrangentes e eloqüentes
Mas a magia do cinema causava
Nas pessoas, admiração intensa
Em pessoas, pensamentos intensos
Na intensidade deles, muitas coisas
Mas eles terminavam,
eles nos tocavam
Os filmes sempre acabavam,
afinal eles existiam...
Os filmes tropeçavam e caíam...
Príncipe
Um príncipe,
era tudo que ela sempre sonhara
Contava as estrelas,
pedia-as milhões de coisas
Vinha tudo, mas o rapaz do cavalo branco...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . não vinha
Que mais ela fazia, senão chorar?
Mas era forte, não cedia às lágrimas
Pedia novamente às estrelas
Abraçava o travesseiro, velho amigo
Mas o que este podia?
Não a podia beijar
Só a podia sentir
Seu coraçãozinho pulsando
a DOIS MIL km por hora
As lágrimas na garganta, intensas
Que pediam pra sair e não saíam
Que pediam pra pingar e não caíam
(Você nem tinha por quem chorar...)
...
Pobre menina, lonely girl
Às vezes, a vida nos prega peças
Mas você sabe que isso passa...
Seu príncipe já vem, e às pressas...
Um príncipe,
era tudo que ela sempre sonhara
Contava as estrelas,
pedia-as milhões de coisas
Vinha tudo, mas o rapaz do cavalo branco...
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . não vinha
Que mais ela fazia, senão chorar?
Mas era forte, não cedia às lágrimas
Pedia novamente às estrelas
Abraçava o travesseiro, velho amigo
Mas o que este podia?
Não a podia beijar
Só a podia sentir
Seu coraçãozinho pulsando
a DOIS MIL km por hora
As lágrimas na garganta, intensas
Que pediam pra sair e não saíam
Que pediam pra pingar e não caíam
(Você nem tinha por quem chorar...)
...
Pobre menina, lonely girl
Às vezes, a vida nos prega peças
Mas você sabe que isso passa...
Seu príncipe já vem, e às pressas...
'Oh! Te amo tanto!'
Rá!
Vocês nem sabem o que é amar!
Admitem o "eu te amo" como um simples "bom-dia!"
Sendo que esse está
nos gestos e entrelinhas
Na namorada, linda amante
Nos momentos alegres, prazerosos
Deixo claro a cada instante
No amigo, sempre presente!
Pra quê dizer que o amo?
Sinto isso a todo instante!
Na família, por exemplo:
o que não é dito,
está mais que subentendido.
Talvez eles preferissem o meu falar
Mas o que eu prefiro, verdadeiramente
É amar
Rá!
Vocês nem sabem o que é amar!
Admitem o "eu te amo" como um simples "bom-dia!"
Sendo que esse está
nos gestos e entrelinhas
Na namorada, linda amante
Nos momentos alegres, prazerosos
Deixo claro a cada instante
No amigo, sempre presente!
Pra quê dizer que o amo?
Sinto isso a todo instante!
Na família, por exemplo:
o que não é dito,
está mais que subentendido.
Talvez eles preferissem o meu falar
Mas o que eu prefiro, verdadeiramente
É amar
De Juliana
Coisa gostosa, ritmada...
Com suas idas e vírgulas
Vírgulas milimetricamente colocadas...
Coisa vistosa, de plumas
Seu falar de pausas continuadas
De coisa errada, sabor pílula
Coisa gostosa, a fala de Juliana...
Fala de quem não quer nada,
querendo tudo, antropofágica...
[...]
Eu desvendo o teu olhar tal máquina
Pois...
A tua escrita é de eterna mágica...
Coisa gostosa, ritmada...
Com suas idas e vírgulas
Vírgulas milimetricamente colocadas...
Coisa vistosa, de plumas
Seu falar de pausas continuadas
De coisa errada, sabor pílula
Coisa gostosa, a fala de Juliana...
Fala de quem não quer nada,
querendo tudo, antropofágica...
[...]
Eu desvendo o teu olhar tal máquina
Pois...
A tua escrita é de eterna mágica...
Triste vadio
Vou ali, fumar um Free
(E nunca mais eu volto)
Quem sabe, encontrar uma alma mais parecida com a minha
Vou tentar pensar que vou me salvar num bar
Vou ali, beber whisky
(Vou tentar demorar)
Não quero mais gente falsa em minha vida
A solidão é o meu problema e é minha solução
Vou ali, me suicidar e volto
(Me espere congelado e deitado)
Vou entrar na floresta e imaginar um pesadelo:
árvores cinzas irão me esmagar
Vou voando, vou morrendo, esquecendo, escorrendo pela vida
Derretendo, explodindo, me juntando, naufragando na calçada
Vou ali...
...
(Vou, simplesmente vou)
Tchau, por favor não lembre nunca mais de mim
(Você nunca nem pensou)
Vou ali, fumar um Free
(E nunca mais eu volto)
Quem sabe, encontrar uma alma mais parecida com a minha
Vou tentar pensar que vou me salvar num bar
Vou ali, beber whisky
(Vou tentar demorar)
Não quero mais gente falsa em minha vida
A solidão é o meu problema e é minha solução
Vou ali, me suicidar e volto
(Me espere congelado e deitado)
Vou entrar na floresta e imaginar um pesadelo:
árvores cinzas irão me esmagar
Vou voando, vou morrendo, esquecendo, escorrendo pela vida
Derretendo, explodindo, me juntando, naufragando na calçada
Vou ali...
...
(Vou, simplesmente vou)
Tchau, por favor não lembre nunca mais de mim
(Você nunca nem pensou)
Cosmos
Na grandeza do universo, que não pára de expandir
somos apenas pó ou uma estrela a imergir?
Neste universo, que pode sufocar ou ajudar
Pense nos seus atos, pois eles vão te guiar
Fique atento aos sinais, mas não esqueça
seu coração, que anda brigado com a razão
Dê espaço à sua emoção. Quando separados,
causam muita dor. Juntos, não há maior fulgor!
Pense nas crianças que ainda estão por vir
Pense nos velhinhos que vimos se extinguir
Uns desses, do pó ainda vão brotar
Outros, ao pó irão retornar...
O amor – este nunca vai se extinguir
Enquanto o universo continuar a se expandir
E, assim, quando uma estrela se apagar,
lembre-se: outra ainda mais bela surgirá!
Bruno e Milena
Na grandeza do universo, que não pára de expandir
somos apenas pó ou uma estrela a imergir?
Neste universo, que pode sufocar ou ajudar
Pense nos seus atos, pois eles vão te guiar
Fique atento aos sinais, mas não esqueça
seu coração, que anda brigado com a razão
Dê espaço à sua emoção. Quando separados,
causam muita dor. Juntos, não há maior fulgor!
Pense nas crianças que ainda estão por vir
Pense nos velhinhos que vimos se extinguir
Uns desses, do pó ainda vão brotar
Outros, ao pó irão retornar...
O amor – este nunca vai se extinguir
Enquanto o universo continuar a se expandir
E, assim, quando uma estrela se apagar,
lembre-se: outra ainda mais bela surgirá!
Bruno e Milena
Seus olhos
Olhos perdidos no horizonte
Eram os seus
E assim estavam:
Perdidos...
No fim de um beijo
Seus olhos estavam
Ali;
Perdidos ali no horizonte
Eles iam ali e voltavam
Você vinha e me beijava
E deixava os olhos irem
Mesmo que não voltassem
Mesmo que não me amassem
Seus olhos ali estavam
Não me olhavam, nada olhavam
Mesmo que já me amassem...
Perdidos
No nada;
Era onde seus olhos estavam
Mesmo que não voltassem
Olhos perdidos no horizonte
Eram os seus
E assim estavam:
Perdidos...
No fim de um beijo
Seus olhos estavam
Ali;
Perdidos ali no horizonte
Eles iam ali e voltavam
Você vinha e me beijava
E deixava os olhos irem
Mesmo que não voltassem
Mesmo que não me amassem
Seus olhos ali estavam
Não me olhavam, nada olhavam
Mesmo que já me amassem...
Perdidos
No nada;
Era onde seus olhos estavam
Mesmo que não voltassem
Carta para Daniele
"Amiga Daniele:
Te conheço há pouco tempo
Há um tempo escasso e injusto
Mas há uma coisa em mim
que me diz que és especial
Parece-me ser uma pessoa legal
Esse algo me diz que, pra nós,
o futuro será especial
Talvez um futuro espetacular
Por enquanto...
Vamos cuidar de nossos irmãos...
Esperar que um dia, talvez,
eles possam cuidar de nós
Vamos cuidar de nossos pais...
Reembolsar o tudo e o um pouco mais
que eles investiram em nós
Enquanto isso...
Olhai com cautela para si mesma
Vês que já és uma mulher
A-na-li-ti-ca-men-te linda
E que podes fazer tudo que quiserdes"
"Amiga Daniele:
Te conheço há pouco tempo
Há um tempo escasso e injusto
Mas há uma coisa em mim
que me diz que és especial
Parece-me ser uma pessoa legal
Esse algo me diz que, pra nós,
o futuro será especial
Talvez um futuro espetacular
Por enquanto...
Vamos cuidar de nossos irmãos...
Esperar que um dia, talvez,
eles possam cuidar de nós
Vamos cuidar de nossos pais...
Reembolsar o tudo e o um pouco mais
que eles investiram em nós
Enquanto isso...
Olhai com cautela para si mesma
Vês que já és uma mulher
A-na-li-ti-ca-men-te linda
E que podes fazer tudo que quiserdes"
Menina morena
Mãos delicadas, pequena
Menina pequena
Seu olhar é um sorriso
Sua ausência é uma pena
Em que eu escrevo meus versos
Meu pesar é uma pena
Meu sorriso, uma ausência
Mãos calejadas, intensas
Menina morena, meus versos
São só pra você, confesso
Sorrio e tropeço no passo
Quando, de você, lembro
Sua mão toca meu violão
Porque não toco seu coração?
Coração não-fácil de se tocar
Como estas cordas de violão
Escolha errada, talvez
Minha pequena, perdi
Balancei muito, choquei
Surpreendido, me vi
Mãos delicadas, pequena
Menina pequena
Seu olhar é um sorriso
Sua ausência é uma pena
Em que eu escrevo meus versos
Meu pesar é uma pena
Meu sorriso, uma ausência
Mãos calejadas, intensas
Menina morena, meus versos
São só pra você, confesso
Sorrio e tropeço no passo
Quando, de você, lembro
Sua mão toca meu violão
Porque não toco seu coração?
Coração não-fácil de se tocar
Como estas cordas de violão
Escolha errada, talvez
Minha pequena, perdi
Balancei muito, choquei
Surpreendido, me vi
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Nos campos
Naquela flor de jardim:
um cheiro, um perfume, fragrância
Observo melhor e só sinto:
teu olhar, teu sorrir, tua essência
O melhor de mim eu procuro
pra tentar obter tua clemência
Pra piorar, não consigo -
que há pior num homem, se não ânsia?
Vadiei pelos campos,
avistando somente ignorância
Tentei ver se em meus atos
Ainda restava uma decência
Só assim pra te ter em meus braços
Pra te ter, é preciso paciência
Ai de mim, que não te tenho
Você: minha maior ganância
Naquela flor de jardim:
um cheiro, um perfume, fragrância
Observo melhor e só sinto:
teu olhar, teu sorrir, tua essência
O melhor de mim eu procuro
pra tentar obter tua clemência
Pra piorar, não consigo -
que há pior num homem, se não ânsia?
Vadiei pelos campos,
avistando somente ignorância
Tentei ver se em meus atos
Ainda restava uma decência
Só assim pra te ter em meus braços
Pra te ter, é preciso paciência
Ai de mim, que não te tenho
Você: minha maior ganância
Vida insossa
Quando te visitei pela primeira vez
Vi os quadros que pintara
Através dos quais se espelham
A tristeza da tua casa
A inércia da tua vida
Vi as plantas cultivadas
Eram sua alegria!
Porém os seus bem-me-queres
Por trás só te mal-di-ziam
Tuas roupas em tons pastéis
em nada me seduziam
Por sua janela, favelas
Pelas suas veias, coágulos
Por sua latrina, dejetos
Pela falsa-vida, só mágoas
Quando te visitei pela primeira vez
Vi os quadros que pintara
Através dos quais se espelham
A tristeza da tua casa
A inércia da tua vida
Vi as plantas cultivadas
Eram sua alegria!
Porém os seus bem-me-queres
Por trás só te mal-di-ziam
Tuas roupas em tons pastéis
em nada me seduziam
Por sua janela, favelas
Pelas suas veias, coágulos
Por sua latrina, dejetos
Pela falsa-vida, só mágoas
Dois anjos, meus anjos
Dois anjos de prata
Desceram, chegaram
Pousaram, criaram
Sorrisos na mata
Dois anjos sorriram
Me viram, pediram
Pra ensinar-lhes arte
E a arte aprendiam
Tais anjos sabiam
Que tudo o que eu tinha
Era eles, mais nada
Dois anjos me amaram
Dois anjos, meus anjos
Na mata, mais nada
Um sorriso, um beijo
Um luar, ao luar
Dois anjos se iam
Um abraço, um carinho
Por dentro, eu chorava
Mas sabia, voltavam...
Dois anjos de prata
Desceram, chegaram
Pousaram, criaram
Sorrisos na mata
Dois anjos sorriram
Me viram, pediram
Pra ensinar-lhes arte
E a arte aprendiam
Tais anjos sabiam
Que tudo o que eu tinha
Era eles, mais nada
Dois anjos me amaram
Dois anjos, meus anjos
Na mata, mais nada
Um sorriso, um beijo
Um luar, ao luar
Dois anjos se iam
Um abraço, um carinho
Por dentro, eu chorava
Mas sabia, voltavam...
Urbis
Meter-me-ei nos seixos cotidianos
Arrancarei teu tão escondido fungo
Pra oferecê-lo à mais preciosa dama
Limpar-me-ei de tarefa tão imunda
Treparei em uma bela parreira
Extrair-lhe-ei beleza escondida
Pensarei - "terá sido brincadeira"
Quando aparecer gema mais viva
Irei à próxima joalheria
Dela farei vultoso colar
Oferecerei à minha preciosa dama
-Minha senhora bela,
usais tal colar
E terás vida eterna
Meter-me-ei nos seixos cotidianos
Arrancarei teu tão escondido fungo
Pra oferecê-lo à mais preciosa dama
Limpar-me-ei de tarefa tão imunda
Treparei em uma bela parreira
Extrair-lhe-ei beleza escondida
Pensarei - "terá sido brincadeira"
Quando aparecer gema mais viva
Irei à próxima joalheria
Dela farei vultoso colar
Oferecerei à minha preciosa dama
-Minha senhora bela,
usais tal colar
E terás vida eterna
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